sexta-feira, 8 de julho de 2011

dessa enorme euforia

Que merda esse coração disparado, essa angústia de não saber o que é isso que vem e te deixa assim eufórico, no meio do escritório, arrasada no meio do almoço, que te faz chorar na depilação e não é de dor, ou é. Que merda esse querer idiota, que te faz adolescente, que te deixa com ataque de pânico, sem respirar, quando ele resolve fazer perguntas idiotas que ele sabe a resposta e você sabe que ele sabe. Que merda essa desconcentração na hora errada, que te faz levar esporro do chefe, porque o trabalho tá atrasado, porque a vida tá toda atrasada, porque não era mais idade pra sentir essas coisas, que isso é coisa de criança que nunca amou e você já amou tanto que não deveria mais se sobressaltar. Que merda essa vontade que não passa nem depois de tudo dar errado, um desencaixe físico e emocional óbvio, uma falta do que saber fazer, uma falta do que saber dizer, que te faz falar coisas desconexas e sem sentido, frases que não existem, palavras pela metade. Que merda esse suor nesse frio de 10 graus, esse descompasso entre o inverno lá fora e o verão aqui dentro, entre a racionalidade que te manda ir embora e o coração que insiste num ficar desesperado, mesmo sem motivo algum.

Essa merda tem nome, me dizem, é paixão. E dura só seis meses.
Mentira, eu digo, que eu morro antes.

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