quarta-feira, 6 de abril de 2011

Chorava todo mundo, mas agora ninguém chora mais

Com o primeiro aprendeu a chorar escondida no banheiro; com o segundo, que chorar até virar água pode emagrecer. Com o terceiro, aprendeu que dói mesmo quando a lágrima seca; com o quarto conheceu o choro da culpa de não amar tanto quanto podia. Com o quinto, soube o que era o choro covarde. Com o sexto, aprendeu a engolir lágrima em seco. Com o último, chorou temporal, e aprendeu a não chorar nunca mais.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Não sabendo que era impossível

Eu podia ter falado eu te amo antes dele ir. Podia ter pedido pra ele ficar. Podia ter dito que queria mais do que ele me dava. Podia ter ligado de volta quando vi a ligação perdida. Podia ter convidado ele pra subir e tomar uma cerveja. Podia ter deixado ele me levar em casa de manhã. Podia ter ido conhecer a casa dele. Podia ter falado a verdade quando ele me perguntou. Podia ter sido mais direta naquele dia na festa. Podia ter pedido pra ele não atender o telefone. Podia ter dançado só mais aquela música. Podia ter ficado pra dormir. Podia ter contado que sentia saudade. Podia ter comprado aquele vôo em cima da hora. Podia ter atendido a ligação no dia seguinte. Podia ter escutado mais uma vez a nossa música. Podia ter perdoado aquela vez. Podia ter ficado até a festa acabar. Podia ter chorado em vez de ter esquecido.

E isso tudo me passou pela cabeça vendo uma cena de 5 segundos de um filme. Mas ela foi lá e fez.