terça-feira, 24 de agosto de 2010

Se eu não tenho o meu amor, eu tenho a minha dor

Estou pensando em você não porque ainda te ame ou porque tenha te amado mais que aos outros, mas porque você foi o último homem que amei. E talvez por isso, ou pela ausência de qualquer pessoa que me ame num raio de milhares de quilômetros, eu tenha pensado em você. E chorado. Não pela saudade do que vivemos, mas por uma saudade maior de tudo que já vivi com todos os outros, e por esses pequenos momentos de intimidade únicos daqueles que se amam, por essa felicidade partilhada. Que não partilhei só com você, mas que me permiti partilhar pela última vez contigo. Estou pensando em você, porque me dói a dificuldade adquirida de não pensar em mais ninguém. Não pense que é uma carta endereçada a você unicamente, e nem se desespere por isso. É sim uma carta de amor, pra mim mesma, para e de alguém que não soube amar a mais ninguém, mas que ainda tem, apesar de toda racionalidade acumulada no peito, uma enorme vontade de amar outra vez.

3 comentários:

  1. Marina, o que você escreve é muito belo e se assemelha ao que vivo aqui, na terra do Tio Sam...

    Que engraçado que tenhamos um olhar parecido(porque me identifico com o que você escreve) sem nunca termos nos visto e estando em países diferentes.

    Será que o que nos aproxima é o laço da cultura, o fato de sermos mulheres, de estarmos num país estrangeiro ou tudo isso junto? Adoraria discutir essas questões numa mesa de bar em Madrid, em DC, Sampa ou Rio... Talvez não chegássemos a nenhuma conclusão, como o que geralmente ocorre nas tantas mesas de bar, mas certamente daríamos umas boas gargalhadas, sonoras, espalhadas no ar, como nós brasileiras sabemos dar tão bem.

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  2. Ah! Eu sou a Lucy, amiga do Nacho.. só pra dar a referência, caso você venha mesmo tomar a cerveja em DC.. :-)

    Keep on writing, girl! I'll keep on reading!

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  3. Eu amo o que você escreve! Deu mais saudade! Amo

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